



Dia 6-06-2010
O nosso baptismo de mergulho
Foi inesquecível, o Grupo Explorador juntou-se para mais uma grande actividade, no Domingo de manhã estivemos alerta para receber o nosso baptismo de M... Todos os que lá estavam, divertiram-se, ouviam as explicações dos monitores, todos atentos, todos ansiosos e lá começamos, uns de cada vez, foi espantoso todos adoramos, mais uma vez a nossa equipa de animação esteve em grande, porque de certeza que qualquer um destes exploradores jamais esquecerá este dia. Queríamos agradecer aos Amigos Do Mar por nos ajudar nesta actividade e ao Professor Sérgio por nos ter cedido as instalações das piscinas Amorosa Clube. Muito obrigado.
É visível no lenço, nas jarreteiras e ainda noutras peças do Uniforme. Foi a cor escolhida para "marcar" os Exploradores, e que significa:
A esperança: (... sinal e consequência do teu compromisso...) é uma das três virtudes que leva os cristãos a aderir a Deus, como suma bondade, isto é, como princípio e fim supremo do homem e felicidade perfeita, confiantes na Sua Promessa e no Seu auxílio. A esperança impele-nos a lutar nesta vida, por cima de qualquer dificuldade, para chegar a Deus. Ser Explorador é um desafio permanente de esperança.
A natureza: espaço ao ar livre, obra maravilhosa de Deus, para que os homens e animais ali vivam, se alimentem, desfrutem da sua beleza e silêncio. Escolhido por BP como lugar ideal para a prática do Escutismo. O verde das árvores, das plantas, da relva são o reflexo da sua beleza que nos encanta. Ser Explorador é um convite permanente a estar na natureza.
A bandeira: o Fundador hasteou-a na Ilha de Brownsea, em 1907 (nascimento do Escutismo). Era toda verde, tendo no centro uma flor de lis amarela. Podemos encontrar essa cor verde na actual Bandeira Nacional, assim como na da Associação. De igual modo, a cor verde foi a escolhida para a bandeira da "Ala dos Namorados" (a ala esquerda portuguesa na Batalha de Aljubarrota, famosa pela sua bravura). Ser Explorador é repeitar os símbolos.
A esmeralda: é um mineral transparente, cuja cor é dada pelo crómio (um mineral metálico), que a torna uma pedra preciosa de grande valor. É o valor precioso que se deseja para construir um mundo melhor, mais justo e mais humano. É um valor permanente que aponta a riqueza do espírito da Patrulha, que marca o rumo aos Exploradores.
Cada insígnia de progresso deve criar, em quem a usa, uma nova obrigação e evitar que ela seja um simples ornamente no uniforme. Representam as fases de crescimento em todas as suas dimensões:
Nó Direito: é o nó que aplicamos no lenço e que nos recorda a "Boa Acção". Marca o esforço e o sacrifício, o amor ao próximo, razão importante da nossa existência como Escuteiros; é também sinal da autonomia. O nó significa ainda a união que junta e aperta um pequeno grupo de amigos e possibilita depois lançarem-se em audazes aventuras. Lembra-nos também as palavras de Jesus "Quando dois ou três se reunirem em meu nome, Eu estarei no meio deles" (Mt. 18,20). Estar em comum é melhor que estar só.
O Sinal de Pista: é actuar no jogo e no trabalho. É estar apto a partir para a Aventura em todas as direcções. É o caminho a seguir, pista apaixonante daqueles que procuram e querem avançar. É procurar, descobrir, cumprir, realizar, oferecer... É o tempo de assinalar a responsabilidade entre todos os Exploradores.
A Terra, Mar e Ar: representados pela árvore, pelas ondas e pelo Sol. Símbolos dos estados sólido e liquido e do espaço eterno onde o Sol nos ilumina e aquece. Para um jovem que ama a obra do Criador, que luta pela sua sobrevivência e procura deixar o mundo melhor do que o recebeu! É o tempo propício para a animação de um ideal, que se deseja sempre o máximo, porque é sempre possível ir mais além.
Simbologia da Água
A água, em si, contém sempre este binómio de significados: causa de morte e fonte de vida. Os dois significados acabam por se verificar no mesmo momento. Exemplo disto mesmo é o beber água para matar a sede; ao verificar-se a "morte" da sede, sente-se uma "nova vida". Esta só acontece quando se dá aquela. Na tendência que tem de correr para baixo, a água conduz ao abismo (cataratas e enxurradas) e é sinal de morte, mas também se estende na horizontal (acalmia) e até corre para cima, em forma de seiva (nas árvores) por exemplo, e, então, é sinal e causa de vida.
Ao colocar água no açúcar ou sal, ela dissolve-os (destruição) e é causa de morte mas fica doce ou salgada (vida nova); mas ao olhar para um fio de água ou um rio, ela é símbolo da coesão, da união, de aliança, da incorporação, da coagulação e é sinal da vida que corre (água viva).
Na terra, a água é mãe e fonte de todas as coisas, está na origem da criação; ao contrário, a terra sem água, o deserto, é sinal de morte. Ela é fonte de vida e causa de morte; é criadora e destruidora, simultaneamente.
A água que separa os continentes também os une, porque é via de comunicação.
A água até é sinal da medida do equilíbrio. É, por isso, usada no nível (bolha de água) e em muitas bússulas. Misturada, por exemplo, com o vinho, para contrariar os efeitos do álcool forte que causa distúrbios, ela ajuda a manter o equilíbrio.
Porque não tem forma determinada, a água é imagem do caos, estado anterior à criação do mundo; com a ausência de vida e de harmonia, ela é desordem.
A água da chuva é benéfica, é fertilizante, dá vida; a água do mar, quando agitado, é maléfica, causa morte, engole tudo. Temos, assim, mais um significado que é diferente, conforme as águas vêm de cima (vida) ou de baixo (morte); são as águas puras (vitais) e as águas salgadas (mortíferas). Se a água dá vida, quando diluviana é destruidora das vinhas, das fruteiras em flor, das habitações e até de povoações. É o seu poder benéfico e maléfico.
A água poluída ou estagnada infunde horror, é imundície, é mau cheiro, é morte, afasta e é rejeitada. A água límpida atrai, cativa, faz-se desejar, mata a sede e combate o fogo, dando ou salvando a vida. A água da chuva, das fontes e ribeiros é o refrigério dos que têm sede e elimina a impureza.
Sem água não há vida, mas sim condenação à morte. Os oásis do deserto, as fontes e os poços são lugar de encontros essenciais; neles há vida; perto deles nasce o amor e começam casamentos. A água é centro de paz e de luz, é lugar aprazível. Os rios são agentes de fertilização; as chuvas e o orvalho trazem a fecundidade e manifestam a bondade divina, mesmo em forma de neve. A própria hospitalidade exige que se dê água fresca ao visitante e que os seus pés sejam lavados para assegurar a paz do seu repouso.
Assim, podemos falar, conforme o significado, de água doce ou salgada, corrente ou estagnada, clara ou suja, viva ou lacustre, espumante ou calma e silenciosa, inodora ou mal cheirosa, insípida ou gostosa, pesada ou leve e agradável...
É também meio de purificação. Os muçulmanos, por exemplo, têm os ritos de purificação com água corrente, antes de entrarem nas mesquitas; os cristãos usam-na também nos ritos de aspersão e ablução. Toda a gente a usa para se lavar, tomar banho (morte à impureza e sujidade e vida de higiene e limpeza).
Sendo sinal de purificação física, ela é também figura da purificação moral no baptismo, na aspersão com água benta, no "lavabo" da missa.
A água regenera porque também dá novas forças. Imaginem quando muito fatigados e sentados à borda da água corrente e cantante ou na margem dum rio a pescar ... Repousarão e recuperarão forças, paz e nova vida.
A água é também símbolo do espírito. A alma procura a Deus como o veado procura as águas vivas. A água regenera (gera de novo) mesmo a vida.
Quando alguém cai à água (mergulho ou imersão), morre ou corre o risco de morrer; quando sai (emersão) dela, salva-se. Ela prende e mata, mas também liberta; separa e isola (povoações por um rio), mas também une e comunica (pelas pontes e barcos). Ela suja, mas também lava e purifica. Ela divide, mas também congrega e incorpora ("copo d'água").